Para CEO do LinkedIn, habilidades valem muito mais do que diplomas

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Imagem: Flickr TechCrunch

Uma empresa só consegue ser bem-sucedida com uma boa equipe. O perfil de profissionais muda bastante conforme a área de atuação do negócio e seus objetivos para o futuro. Mas o que exatamente os CEOs e líderes de companhias procuram na hora de contratar talentos?

Em um painel durante a conferência de tecnologia ASU GSV Summit, o CEO do LinkedIn, Jeff Weiner, resumiu o que ele pensa sobre o assunto em três palavras:

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“Skills, not degrees.” Em português: “habilidades, não diplomas.”

Weiner afirmou que o LinkedIn contrata profissionais que sentem paixão pelo que fazem, são pessoas éticas no trabalho, perseverantes, leais e com mentalidade focada para crescimento.

“Essas são características que você não ganha necessariamente com um diploma. Há qualidades que passam despercebidas quando se olha currículos ou mesmo perfis no LinkedIn. Cada vez mais, nós acreditamos que pessoas assim fazem a maior diferença na nossa organização”, disse Weiner, segundo o site da revista Entrepreneur.

 Há qualidades que passam despercebidas quando se olha currículos ou mesmo perfis no LinkedIn

A ideia aqui não é simplesmente ignorar a formação acadêmica de candidatos ou assumir que habilidades só existem sem um diploma. Na verdade, trata-se de mudar a perspectiva com a qual empresas enxergam potenciais contratações para ir além do que está escrito no currículo.

O CEO do LinkedIn falou ainda como essa mudança de mentalidade se deu na companhia. “Nós costumávamos nos orgulhar de recrutar [profissionais] que vinham apenas de uma lista limitada de universidades e muitas companhias no Vale [do Silício] faziam o mesmo.”

Trata-se de um movimento de mudança de perspectiva e tentar ver além do que está escrito no currículo

Levou certo tempo, mas um bom número de grandes companhias percebeu que pessoas inteligentes e apaixonadas pelo que fazem estavam pulando a educação tradicional. Em uma entrevista ao The New York Times, o chefe de recursos humanos do Google, Lazio Bock, explicou que é por esse motivo que o número de funcionários sem nenhuma faculdade cresceu na gigante de tecnologia.

“Depois de dois ou três anos, o seu desempenho [no trabalho] não tem mais nenhuma relação com o desempenho que você tinha na escola, porque as habilidades necessárias são muito diferentes”, disse Bock. “Além disso, você se torna uma pessoa diferente. Você aprende, cresce e passa a enxergar as coisas de maneira diferente.”

  O seu desempenho no trabalho passa a não ter mais nenhuma relação com o desempenho que você tinha na escola, porque as habilidades necessárias são muito diferentes

Com essa nova mentalidade, o LinkedIn criou um programa de estágio chamado REACH, que deve pavimentar o caminho para um novo tipo de recrutamento.

“Isso é para fugir da ideia de que todos que contratamos para o time de engenheiros devem vir de uma faculdade específica ou ter um tipo de diploma específico”, afirmou Weiner durante a conferência. “É claro que diplomas de [ciências da computação] de escolas específicas nos ajudam a encontrar talentos incríveis. Mas não é a única maneira de encontrar talentos incríveis.”

Com o programa, a companhia vem descobrindo pessoas com os mais diferentes backgrounds: programadores que não se formaram em uma instituição de educação tradicional, mas encontraram o conhecimento que precisavam em boot camps de programação, por exemplo.

“Nós procuramos pessoas dedicadas, com ética no trabalho. Nós queremos dar a eles uma chance. E o que estamos descobrindo é que essas pessoas são incrivelmente talentosas e que elas precisam de uma chance.”

Uma das mais recentes contratações do LinkedIn é um aprendiz que vivia em um abrigo para moradores de rua há apenas seis meses. Foi por ter vivido essa realidade que ele criou um aplicativo que ajuda pessoas sem casa a encontrar abrigos e acabou chamando a atenção de uma das maiores companhias de tecnologia do mundo.

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