Por que a NASA está explorando o fundo dos oceanos da Terra?

26/01/2022 às 04:002 min de leitura

Nossos oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra, mas cerca de 80% deles ainda permanecem inexplorados, ou seja, podemos afirmar que sabemos mais sobre a superfície de Marte e da Lua do que sobre o fundo do mar do nosso próprio planeta. Entretanto, a NASA está em uma missão para mudar esse panorama.

Nos últimos tempos, a agência espacial norte-americana está explorando o oceano profundo em busca de pistas de como poderiam ser os oceanos em outros planetas, ultrapassando os limites da ciência e da tecnologia em um dos ambientes mais extremos do mundo. Então, vamos falar sobre as consequências que isso pode ter para o futuro!

Desenvolvimento tecnológico

(Fonte: Instituto Oceanográfico de Woods Hole/Divulgação)(Fonte: Instituto Oceanográfico de Woods Hole/Divulgação)

A esperança da NASA durante os últimos experimentos é de que as descobertas feitas no fundo do oceano ajudem a liberar mais informações de como agir em missões interespaciais, além de alguns dos equipamentos e experimentos necessários para missões em outros lugares do Sistema Solar.

Segundo a agência, as profundezas de nossos oceanos são extremamente similares ao que eles esperam encontrar em outros planetas. Assim, isso poderia fornecer até mesmo algumas dicas de onde os cientistas precisariam começar para encontrar vida alienígena.

As partes mais profundas dos oceanos da Terra são conhecidas como zona hadal, batizada em homenagem ao deus grego do submundo, o Hades. O local é composto de trincheiras e vales profundos, estendendo-se por 11 km abaixo da superfície. Cumulativamente, eles representam uma área do fundo do mar equivalente ao tamanho da Austrália. Entretanto, pouquíssimos veículos subaquáticos conseguem sobreviver mergulhando nesse abismo escuro.

Novas explorações

(Fonte: Instituto Oceanográfico de Woods Hole/Divulgação)(Fonte: Instituto Oceanográfico de Woods Hole/Divulgação)

A zona hadal foi escolhida pelos cientistas da NASA em parceria com o Instituto Oceanográfico de Woods Hole para explorar e sondar os limites da vida na Terra. Por isso, os engenheiros da agência espacial estão construindo um novo veículo submarino autônomo chamado Orfeu, em homenagem ao herói grego que viajou até o submundo e voltou.

O veículo será usado para mapear as áreas mais inacessíveis. O instrumento usará tecnologia semelhante ao rover Perseverance, que explorou a superfície de Marte. Orfeu será equipado com câmeras ultrassensíveis para identificar formações rochosas, conchas e outros recursos no fundo do oceano para construir mapas tridimensionais pontilhados com pontos de referência.

Esse equipamento também poderá ser utilizado para conhecer mais da biodiversidade desse hábitat tão pouco explorado. A possibilidade de encontrar sinais de vida em um ambiente tão hostil é uma das maiores esperanças dos biólogos envolvidos na operação, uma vez que isso poderia trazer mais informações sobre como esse mesmo padrão poderia ocorrer fora de nosso planeta.

Outras tentativas de explorar a zona hadal já haviam sido feitas em 2014 por meio da sonda Nereus. No entanto, o antecessor de Orfeu implodiu ao chegar aos 10 km de profundidade — possivelmente por conta da pressão da água.

Fonte

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